sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aplausos: Para Ricardo Waddington e Amora Mautner, que comandam a direção de Avenida Brasil. A direção é impecável: tudo é muito bem-acabado e bem-executado. Mesmo com uma trilha sonora pouco variada e meio engessada em relação à trama, a qualidade de tratamento é notável mesmo em cenas prosaicas. O destaque fica por conta da fotografia e da maravilhosa trilha incidental, que dão ao folhetim um eficiente aspecto cinematográfico. As músicas instrumentais inseridos a cada gesto dos atores, inclusive, potencializa o clima de suspense e a própria interpretação dos atores. Em última instância, as intervenções conferem certo dinamismo à produção, ainda que a trama em si seja cheia de círculos amadores e de uma dramaturgia meio manca. 

Vaias: Para o desenvolvimento do romance entre Roni (Daniel Rocha) e Suellen (Isis Valverde), em Avenida Brasil. Se, no início, o envolvimento parecia interessante e até bonitinho, com o tempo, notou-se que o casamento não passava de um repeteco do que aconteceu com Orlandinho (Iran Malfitano) e Maria do Céu (Deborah Secco), em A Favorita. Na última semana, Avenida Brasil escancarou a homossexualidade de Roni, o que provavelmente levará ao mesmo destino do casal de A Favorita: o homossexual acaba se apaixonando pela moça "perdida". Um prato cheio para esquetes cheias de estereótipos vazios e piadas conservadoras, características que parecem ser bastante caras ao universo do autor e da emissora.

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