quinta-feira, 5 de julho de 2012


Aplausos: Para Gero Camilo e Bruna Linzmeyer, o Pirangi e a Anabela, respectivamente, em Gabriela. Elogiar Gero é chover no molhado. Seu desempenho como o divertido assistente e simpático garçom do Bataclan é perfeito e irrepreensível. Já Bruna, que ainda está em começo de carreira, entrou na novela de maneira arrasadora. A menina tem futuro.

Vaias: Para o Na Moral, programa comandado por Pedro Bial. A desculpa da discussão a respeito da ditadura do politicamente correto, definitivamente, chegou longe demais. A pauta do programa, baseada em uma lógica supostamente cool e inteligente, deu bastante margem ao racismo e ao preconceito. Em um país em que a discriminação racial é velada e feita nas nuances, tudo pareceu leviano, descompromissado e chegou ao ponto de insinuar que o preconceito, de um jeito educado, está permitido. A discussão poderia ter seguido por outro viés. O tema é interessante e realmente rende diálogos pertinentes. Mas faltou profundidade: faltou o lado contrário, o lado de quem sofre com o racismo, com a misoginia, com a homofobia, com a xenofobia. Em contrapartida, a coleção de convidados era deprimente: a alienada Maria Paula, o "filósofo" conservador Luiz Felipe Pondé (conhecido, inclusive, por suas relações com a opus dei), entre outros, colaboraram com o circo. No fim das contas, o tal tema polêmico virou uma conversa que incomodou pela superficialidade, um sucessão de reivindicações de ordem reacionária. Já Bial, que já é conhecido por seus discursos chatos e pseudo-intelectuais em um famoso reality show raso e sensacionalista, vai na contrapartida da sistemática dos vinhos: só piora com a idade. 

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