quinta-feira, 31 de maio de 2012

Aplausos: Para Débora Falabella, a Nina de Avenida Brasil. Mesmo com uma personagem que não vem agindo de acordo com o que as chamadas prometiam, Débora está cumprindo com maestria o papel da moça constantemente angustiada. Um grande acerto.

Vaias: Para a narração de Daniel Filho em As Brasileiras. A série, que já peca por seus roteiros sem pé nem cabeça, fica pior quando o narrador meio engraçadinho entra em cena. De engraçado, Daniel Filho não tem nada. 

Top 5 Prostitutas

Posição 5 - Ester, interpretada por Malu Mader, em Força de um Desejo:



Posição 4 - Capitu, interpretada por Giovanna Antonelli, em Laços de Família:



Posição 3 - Nazaré Tedesco, interpretada por Renata Sorrah, em Senhora do Destino:



Posição 2 - Bebel, interpretada por Camila Pitanga, em Paraíso Tropical:




Posição 1 - Hilda Furacão, interpretada por Ana Paula Arósio, em Hilda Furacão:



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Aplausos: Para Paloma Duarte, Miriam Freeland e Petrônio Gontijo, que interpretam Nameless, Maria e  Décio, respectivamente, em Máscaras. Mesmo diante de todos os graves problemas que rondam a novela da Record, o trio se destaca. Com interpretações extremamente consistentes, Paloma, Miriam e Petrônio mostram que são atores do mais alto nível.

Vaias: Para a bobagem cada vez mais irritante que permeia o núcleo de Leleco, em Avenida Brasil. Se o objetivo do autor é desmistificar o estereótipo do homossexual, João Emanuel Carneiro só vem conseguindo, até aqui, tratar do assunto de modo raso e extremamente estereotipado. Obviamente, Carneiro está interessado em conquistar audiência com esquetes rasas e mais cabíveis a quadros humorísticos de um programa de quinta. Vaias também para um aspecto de Dolores/Soninha, interpretada por Paula Burlamaqui. Que ela é evangélica, todo mundo já entendeu. O que ninguém entende é o motivo de Dolores ter que segurar a bíblia em todas as situações. Parece que a moça faz questão de ter a bíblia na mão até debaixo do banho. Além de soar como deboche, a personagem é mais uma da coleção de estereótipos acríticos do Bairro do Divino. 
Aplausos: Para Leandra Leal, a Rosário de Cheias de Charme. Dona de uma carreira variada e consolidada, Leandra finalmente é escalada para um papel principal em uma novela. Ainda que a atriz já tenha protagonizado A Muralha, a novela das sete vem proporcionando que o talento de Leandra seja também reconhecido pelo grande público. Escolha mais que acertada.

Vaias: Para Ricardo Waddington e Amora Mautner, diretores de Avenida Brasil. Sem dúvida, Ricardo e Amora formam uma dupla que representa o que há de melhor em direção de teledramaturgia atualmente. No entanto, sinto que a novela das nove vem pecando pelo excesso. Apesar de acertos incontestáveis (como a trilha incidental e a fotografia em película), acompanhar o folhetim torna-se cada vez mais cansativo. Há um exagero na utilização de flashbacks (que também é demérito do autor, vale dizer) e da péssima trilha sonora nacional, recursos extremamente fatigantes para uma novela que pesa tanto no drama quanto no humor. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Aplausos: Para Louco Por Elas, série de João Falcão. Leve e espirituosa, a produção global é surpreendentemente bem-escrita e bem-executada. Destaque para Glória Menezes, que interpreta uma vovó bastante excêntrica e divertida. A série também conta com boas revelações: Luísa Arraes, Laura Barreto e Fábio Enriquez.

Vaias: Para Mirella Cunha, jornalista do Brasil Urgente. Em uma reportagem extremamente sensacionalista, Mirella faz chacota com a falta de instrução de um rapaz detido em uma delegacia na Bahia. Além de passar por cima de princípios constitucionais como o da presunção de inocência, a repórter expõe o suspeito a uma situação vexatória em prol de melhores índices no Ibope. Aproveitando, vale criticar também grande parte do judiciário. Delegados, promotores e juízes mostram-se cada vez mais interessados com a televisão e com as luzes dos holofotes, em detrimento daquilo que realmente interessa para a aplicação do direito: justiça. Nessa chave, não é surpreendente que não se importem em colaborar com o circo promovido por certos setores da imprensa. Lamentável.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Rapidinha sobre Cheias de Charme: humor popular, mas inteligente

Cheias de Charme merece todo esse sucesso e muito mais. Uma comédia com um humor que poucos autores conseguem fazer. Enquanto Aguinaldo Silva e João Emanuel Carneiro precisam apelar para esquetes forçadas, geralmente baseadas em estigmas e estereótipos da década de 60, no mínimo; Filipe Miguez e Izabel de Oliveira divertem sem forçar nada, valendo-se de uma comédia contextualizada e extremamente natural. Isso tudo sem perder o apelo popular, traço bastante valorizado pela emissora carioca nos últimos tempos. Muita gente se vê incluída na história: a doméstica, a envagélica, a cozinheira. Uma novela que faz humor com as camadas mais populares, mas sempre mantendo um nível de respeito louvável para com as mesmas. A Classe C não é um mico de circo nem apenas um eixo de consumo. Parabéns aos autores.
Aplausos: Para o Comédia MTV, por uma paródia que o programa fez para "Roda Viva", composição de Chico Buarque. Na música, os comediantes soltam uma série de indiretas relacionadas ao universo da televisão. A letra é muito bem escrita e impressiona pela criatividade. O vídeo conta com as participações de Marcelo Adnet, Dani Calabresa, Tatá Werneck, Paulinho Serra e Bento Ribeiro. 



Vaias: Para o Casseta & Planeta Vai Fundo. Ao contrário do Comédia MTV, o programa global é baseado em um humor completamente estereotipado, pobre e ultrapassado. Suas novas aventuras só servem para nos lembrar dos motivos que fizeram com que o humorístico acabasse. É ruim de doer! Aproveitando, vale vaiar também para o horrendo Saturday Night Live, comandado pelo cansativo Rafinha Bastos. Piadas de extremo mau gosto fizeram a pauta do programa. Deu vergonha.

domingo, 27 de maio de 2012

TOP 5: GRITARIA


Posição 5 - Em Laços de Família, os gritos abafados de Íris (Deborah Secco) diante da morte de Ingrid (Lília Cabral):



Posição 4 - Em O Clone, Mel (Débora Falabella) tem uma crise de abstinência:



Posição 3 - Em Tieta, Perpétua (Joanna Fomm) é exorcizada por Amorzinho (Lília Cabral):






Posição 2 - Em Esperança, Camille (Ana Paula Arósio) grita ao ver Tony (Reynaldo Gianecchini) com a estátua de Maria (Priscila Fantin):



Posição 1 - Em Beleza Pura, Norma (Carolina Ferraz) solta uma das frases mais célebres dos últimos anos:


Aplausos: Para Taís Araújo, a Penha de Cheias de Charme.  Uma atuação extremamente segura e um texto bastante condizente com a realidade colaboraram para transformar a carismática doméstica da novela das sete em um grande sucesso de público e de crítica. Mais uma interpretação magistral no currículo de Taís.

Vaias: Para o desperdício de Carolina Kasting, sucessivamente escalada para papeis menores do que o seu próprio talento. Sua personagem na novela das seis, embora venha trilhando um bom caminho no folhetim, é mais uma coadjuvante completamente esquecível em sua carreira.

sábado, 26 de maio de 2012

Aplausos: Para  Rodrigo Pandolfo e Chandelly Braz, intérpretes de Humberto e Brunessa, respectivamente, em Cheias de Charme. O ator, que já havia se destacado no teatro, mostra bastante competência na pele de seu ardiloso personagem. Já a atriz, que debuta na TV como a atrevida Brunessa, é extremamente convincente e passa bastante segurança em cena.

Vaias: Para o Jornal da Globo, comandado por William Waack e Christiane Pelajo. Os comentários do âncora às notícias políticas e econômicas demonstram parcialidade e falta de compromisso com a objetividade. Waack, que já esteve envolvido em denúncias de espionagem para o governo norte-americano, não se furta de exaltar suas preferências políticas sempre que pode.
Aplausos: Para Adriana Esteves e Débora Falabella, pela cena em que Nina abraça Carminha em Avenida Brasil. Deu pra sentir toda a tensão que a cena sublinhava.

Vaias: Para Leleco, personagem de Marcos Caruso em Avenida Brasil. O vovô conquistador já não era muito carismático, vale dizer. Agora, porém, vem ficando pior com sua excessiva desconfiança em torno da fidelidade de Tessália. O Dom Casmurro do subúrbio é um dos pólos de maior irritação para quem acompanha a novela.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Carrossel: bom elenco contrasta com falhas de produção.

A estreia de Carrossel merece aplausos por diversos fatores. Representa, de certa forma, a volta do interesse da emissora em investir em dramaturgia, ainda que esse movimento tenha começa há algum tempo, desde que Íris Abravanel, a mulher do dono, resolveu se aventurar na profissão de autora de novelas. No entanto, apesar de eu torcer para o desenvolvimento do SBT no mundo dos folhetins, alguns comentários negativos precisam ser feitos. Embora, de maneira geral, o elenco infantil tenha sido bem-escolhido, outros fatores comprometem significativamente o conjunto da produção infantil.

Primeiramente, a direção não acerta em quase nada: orientação de atores, edição de imagem, mixagem de som, cenários, tudo é muito mal-executado. Fatores técnicos que dão à novela um ar de amadorismo constrangedor. Parece que falta um investimento em know-how em relação a essa parte, que já foi uma grande habilidade do SBT nos anos 90. Outra coisa que incomoda bastante é o texto. Já li críticas que diziam que, com Carrossel, Íris Abravanel teria alcançado sua maioridade como autora. O que vi em cena, pelo contrário, foi uma construção de diálogos excessivamente didáticos e pessimamente adaptados ao Brasil e ao século XXI. Ainda que se trate de uma novela infantil, o excesso de tatibitate compromete bastante o conteúdo da história. Em relação às atuações dos atores, achei o desempenho do ator mirim Lucas Santos incômodo. Rosane Mullholland, por sua vez, oscila entre ótimos e péssimos momentos. Parece insegura nas situações em que precisa mostrar docilidade. Talvez a saída seja fugir um pouco do estereótipo da antiga Professora Helena. Os grandes destaques até aqui são mesmo Larissa Manoela e Noemi Gerbelli. Também vale mencionar Maísa Silva, que consegue conter seu temperamento meio apressado para compor uma Valéria carismática.

É claro que, com isso, não quero dizer que Carrossel tenha sido um erro. Ao contrário, trata-se de um grande acerto. Investimento em dramaturgia sempre é uma boa notícia. Entretanto, se o SBT quiser manter o público cativo, penso que maiores recursos devem ser destinados à qualidade das produções.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Aplausos: Para Malu Galli, a Lígia de Cheias de Charme. A atriz, que desde Queridos Amigos mostra que é talentosa, conquistou, com a sua personagem, a imediata simpatia do público.

Vaias: Para duas cenas de Avenida Brasil. Na primeira, que foi ao ar ontem, Jorginho joga Nina no chão com extrema truculência. Em tempos em que a violência doméstica se espalha de maneira assustadora, a atitude do mocinho da história pegou super mal. Já na segunda, Leleco flagra o irmão gay de Tessália com outra mulher. Em seguida, alguém solta um "foi uma recaída" para justificar a conduta do rapaz. Definitivamente, João Emanuel Carneiro não se preocupa em colocar assuntos polêmicos como instrumento de uma cena sensacionalista ou de um humor que nem graça tem. Estratégia confusa e pouco inteligente.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Top 5 A Volta Das Que Não Foram

Posição 5 - O retorno de Bárbara (Lília Cabral), em Chocolate com Pimenta:



Posição 4 - Em Passione, Clara (Mariana Ximenes) reaparece em ilha paradisíaca:



Posição 3 - Em Belíssima, Bia Falcão (Fernanda Montenegro) não está morta:




Posição 2 - A volta de Raquel (Glória Pires), em Mulheres de Areia:



Posição 1 - Em A Próxima Vítima, Francesca Ferreto (Tereza Rachel) reaparece viva:


Aplausos: Para Titina Medeiros, a Socorro de Cheias de Charme. A moça estreou com tudo no mundo das novelas e já fez de sua personagem um grande sucesso. Com um tipo caricatíssimo, a atriz acertou em cheio na composição de seu papel.

Vaias: Para Débora Nascimento, a Tessália de Avenida Brasil. A atriz, que surgiu como promessa em Duas Caras, vem demonstrando que precisa de um intenso curso de atuação. Mais um fator negativo em um núcleo que já é irritante e dispensável. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aplausos: Para José de Abreu, o Nilo de Avenida Brasil. Excepcional em cena, o ator vem aproveitando muito bem o destaque que está recebendo nos últimos capítulos da novela das 9. Sem dúvida, José é um dos atores mais completos da TV brasileira.

Vaias: Para Cauã Reymond, o Jorginho de Avenida Brasil. Se o ator arranca suspiros com seu corpo extremamente malhado, o mesmo não pode ser dito sobre sua atuação. Fazendo o feijão-com-arroz desde os tempos de Malhação, Cauã não mostra a menor evolução em seus recursos dramáticos. Uma peça que destoa em um elenco que conta com atores tão bem preparados. Vale lembrar que um rostinho bonito ganha rugas com o passar do tempo.

domingo, 20 de maio de 2012

Amor, Eterno Amor: direção acertada não segura texto piegas e ritmo sonolento

Amor, Eterno Amor estreou no horário das seis com a missão de repetir o sucesso de Escrito nas Estrelas, última trama assinada por Elizabeth Jihn. No entanto, a novela, até aqui, não vem empolgando nem o mínimo daquilo que se esperava. Os motivos, a propósito, são claros. Talvez o principal seja o mesmo que foi responsável pelo fracasso de Eterna Magia, primeiro folhetim assinado pela autora: uma dramaturgia piegas, previsível e recheada de um senso comum em seu pior sentido. Esses elementos também eram visíveis em sua produção anterior, mas o peso de um texto de um irreparável mau gosto foi relativizado, em Escrito nas Estrelas, por uma sinopse matadora, uma direção acertada e por um elenco seguro e bem-escalado. É claro que frequentemente audiência e qualidade não caminham juntos, mas certamente os baixos números no ibope da atual novela das seis são reflexo de diálogos muito preocupados em distribuir lições de vida superficiais inseridos em uma trama completamente desmotivadora. Algumas cenas chegam a ser extremamente constrangedoras. Por outro lado, a história parece contada em velocidade negativa. Não há dinâmica nem a menor perspectiva de movimento. A trama do desaparecimento do protagonista se resolveu rápido demais e o surgimento do fator mais esperado, a chegada da impostora Elisa, que será vivida por Mayana Neiva, vem sendo adiada por um tempo desnecessário.



Os protagonistas, aliás, ficam devendo. Gabriel Braga Nunes é indubitavelmente um dos melhores atores de sua geração. Contudo, ele não consegue convencer como um homem simples e pouco estudado. É claro que ninguém gosta de ver uma caricatura excessiva, mas, no caso dele, o problema é a falta. Letícia Persiles, por sua vez, não empolga. Talvez por falta de vida à personagem, pois, em termos gerais, a atriz já demonstrou que tem bons recursos dramáticos. Carmo Dalla Vecchia se repete em cena, embora não comprometa. O blog deseja ao ator composições mais diferenciadas. Já a vilã de Cássia Kis Magro, promessa de grande destaque da novela, acabou sendo sublimada pela atmosfera pouco cativante da novela. Um papel sem dúvida menor do que a sua capacidade. Quanto à Andrea Horta, que vem demonstrando ótimas atuações nos últimos anos, adotou uma interpretação que passou do limite do exagero. Ainda que venha sendo elogiada por alguns, a mim não agrada.

Entretanto, nem tudo é crítica em Amor, Eterno Amor. A trilha sonora é excepcional. Johnny Cash, Marisa Monte e David Gates garantem ótimos momentos à trama. Um trabalho que supera o mero acúmulo de hits radiofônicos. Um trabalho a ser elogiado. A direção de Rogério Gomes também é acertada. Parece claro que, assim como em Escritos nas Estrelas, o diretor pretende relativizar o clima romance-de-banca-de-jornal imposto por Jihn. Destaque também para as interpretações de Felipe Camargo, Carolina Kasting, André Gonçalves, Pedro Paulo Rangel, Osmar Prado e Daniela Fontan.
Aplausos: Para o clipe das Empreguetes, grupo musical fictício formado pelas protagonistas de Cheias de Charme. Além de ter uma batida divertida, a produção contou com uma ótima jogada de marketing da Rede Globo para emplacar. Assim que a novela chegou ao fim, o vídeo foi upado no site da emissora.

Vaias: Para a insistência da Rede Globo em suprimir conteúdos do Youtube. Em tempos onde a própria noção de propriedade sobre bens não-corpóreos vem sendo largamente discutida, esse tipo de política, além de arbitrária e pouco democrática, é idiota. Afinal, vídeos carregados em sites de compartilhamento representam uma grande fonte de publicidade gratuita.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Melhor da Semana: Isabelle Drummond, a Cida de Cheias de Charme. Sem dúvida, Cida é a personagem mais difícil das três protagonistas da novela das sete. Interpretar a mocinha clássica pode ser uma tarefa ingrata. Isabelle, entretanto, vem tirando de letra, provando que é, de fato, a maior promessa de sua geração. Atuação segura e bem-construída.

O Pior da Semana: Os núcleos cômicos de Avenida Brasil mais irritam do que divertem. Algum gênio não muito genial inventou que uma novela necessariamente deve ter humor. Devido a essa desgastada fórmula, autores insistem em inserir comédia mesmo onde ela não cabe.  Parece ser o caso da atual novela das nove.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Top 5 Realismo Fantástico

Posição 5 - Em A Indomada, Emanoel (Selton Mello) vira um anjo:



Posição 4 - A ressurreição de Dona Quitéria, interpretada por Fernanda Montenegro, em Incidente em Antares:




Posição 3 - Em Roque Santeiro, a transformação do Professor Astromar (Ruy Resende) em Lobisomem:





Posição 2 - Em Pedra Sobre Pedra, Cândido Alegria, interpretado por Armando Bogus, vira pedra:





Posição 1 - Em Saramandaia, a explosão de Dona Redonda (Wilza Carla)


Avenida Brasil perde fôlego e fica enfadonha

Se Avenida Brasil estreou com toda a cara de que seria uma novela extremamente dinâmica e ágil, seus últimos capítulos mostraram, pelo contrário, que a trama de João Emanuel Carneiro precisa de uma injeção de fôlego. Os arrastados e circulares dilemas de Nina, defendida pela ótima Débora Falabella, já não convencem e cansam gradualmente mesmo a parcela mais fiel do público do folhetim. Os núcleos paralelos, que deveriam dar uma atmosfera leve à carga pesada que o resto da trama ambienta, são extremamente irritantes e pouco têm de divertidos. Até Suellen, personagem inicialmente arrebatadora, parece ter caído em uma espécie de aporia. A sua trama é rasa, cíclica e repete os mesmos atos de capítulos anteriores. A overdose de populacho também colabora para o cansaço geral que toma conta da história. Ao contrário de Cheias de Charme, que usa o cafona de forma inteligente e leve, Avenida Brasil abusa do excesso em cenografia, figurino e na péssima trilha sonora nacional. Em suma, os episódios mais recentes não dão ao telespectador qualquer sinal de mudança. Quando isso acontece, é preciso uma reviravolta. Vamos acompanhar.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Melhor da Semana: Cheias de Charme, mais uma vez, merece menção honrosa. Novela acertadíssima em todos os sentidos. Elenco, direção e autoria.

O Pior da Semana: Sílvio Santos e seu quadro de enigmas, que contou, no último domingo, com a participação de Ratinho e Tom Cavalcanti. O jogo elaborado pelo apresentador foi ofensivo, infantil, vulgar e de extremo mau gosto. Em alguns momentos, flertou com a misoginia e a homofobia. Os convidados, por sua vez, contribuíram com a atmosfera deselegante. Prova de que Sílvio, embora tenha mudado a cor dos cabelos, torna-se cada vez mais um comunicador ultrapassado.

sábado, 5 de maio de 2012

O Melhor da Semana: A reapresentação de Os Maias, série com direção impecável, elenco afinadíssimo e texto primoroso. Com um texto de Eça de Queirós perfeitamente adaptado por Maria Adelaide Amaral, a minissérie é, sem dúvida, uma das maiores produções da teledramaturgia brasileira. Vale citar, também, o grande trabalho de Luiz Fernando Carvalho.

O Pior da Semana: A linguagem extremamente vulgar e machista utilizada por Iran e sua turma, em Avenida Brasil. É pobre, constrangedora e não condiz com uma realidade minimamente razoável. Além disso, é preciso citar o irritante quadrado amoroso envolvendo Leleco, Muricy, Adauto e Tessália. Eliane Giardini, então, vem exagerando em seus gritos. Atuação repetitiva e caricata.