terça-feira, 3 de março de 2015

Alto Astral: o mais-do-mesmo também pode ser ótimo

Alto Astral é uma novela muito clássica. Mocinhos, vilões, o núcleo cômico, tudo está como estava na década de 90. Mas não basta que uma fórmula seja seguida para que uma novela emplaque. Exemplos não faltam, e o sucesso de algo tão feijão-com-arroz depende bastante da habilidade do autor. E Daniel Ortiz, autor estreante, vem provando que sabe fazê-lo tão bem quanto o mestre, Sílvio de Abreu.
 
Alto Astral é uma típica novela das sete. É leve e persegue o entretenimento rasgado. Para isso, conta com uma dramaturgia bem clássica: as escaletas de Alto Astral sempre deixam a sensação de que já foram vistas em outras novelas. E funciona: Como Chaves ou A Lagoa Azul, o repeteco também diverte. Ademais, o elenco é bem-escalado. Destaque para Sérgio Guizé, que funciona ao mesmo tempo como alívio cômico e motivo dramático. Na direção, ninguém melhor do que ele: Jorge Fernando. Jorginho ainda é o mais indicado quando o assunto é pastelão clichê. Ninguém conhece mais do assunto.
 
Depois de alguns capítulos, Alto Astral já se consolidou como uma ótima opção. Não é a novela que vai mudar a sua vida, é claro. Mas sem dúvida é a melhor opção de divertimento que o horário fornece.

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