sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aplausos: Para Suburbia, novo seriado de Luiz Fernando Carvalho. Com uma proposta bastante original em TV, a produção abusa da qualidade. Um primor em texto, direção e elenco. Destaque para os planos de câmera, para os diálogos e para excelente trilha sonora. Nota dez.

Para Lado a Lado, que ganhou ainda mais fôlego com a trama do rapto do bebê de Isabel (Camila Pitanga). A cena foi emocionante e a novela continua primorosa. Patrícia Pillar, com uma composição completamente diferente de Flora, a vilã emblemática que interpretou em A Favorita, continua impecável como Constância, a grande megera da novela das seis.

Para Glória Menezes, que, entra ano e sai ano, continua no posto de uma das melhores atrizes do Brasil. Sua participação em Louco Por Elas é adorável e a atriz, como de costume, dá show.

Para Sessão de Terapia, série exibida pelo Multishow. Dirigida por Selton Mello, a produção traz diálogos muito bem-construídos que surgem de conversas entre um psicanalista, Zé Carlos Machado, e seus pacientes. Vale a pena conferir.

Para Mariana Lima, Maria Luísa Mendonça e Selma Egrei, trio de excepcionais atrizes que vem dando um show em Sessão de Terapia. Em personagens dramáticos e complexos, Mariana, Maria Luísa e Selma usam todos os seus vastos recursos dramáticos com segurança e maestria. 



Vaias: Para os capítulos mais recentes de Salve Jorge. Se os dois primeiros episódios da nova novela de Glória Perez agradaram, o mesmo não pode ser dito dos capítulos posteriores. Além de uma overdose de tramas e personagens desnecessários, a história do folhetim não anda muito dinâmica. Problema grave se considerarmos que a novela está, ainda, em seu primeiro mês, momento em que é preciso fidelizar o telespectador.

Embora a trama tenha sido muito bem-idealizada, a execução da cena em que o bebê de Isabel foi raptado , em Lado a Lado, teve os seus furos no enredo. Não ficou muito claro, por exemplo, como Constância (Patrícia Pillar) sabia que a criança ainda não nascida seria do sexo masculino, o que possibilitou que ela arquitetasse, de forma sagaz, a troca do infante saudável por um menino morto. Fica a dica.

Para os programas sensacionalistas que povoam os fins de tarde da Band e da Record. Aquilo que é mostrado em produtos como Brasil Urgente e Cidade Alerta se aproxima muito mais de um veículo de terrorismo barato do que de um jornalismo correto e razoável. Além dos mais, os apresentadores desse tipo de programa irritam com entonações e gestos mais apropriados a mesas de boteco. Um saco.

Vaias, também, para a reprise de Da Cor do Pecado. A exibição original já não justificava uma primeira reprise, visto que a novela é fraca e teve um sucesso injustificado. Uma segunda exibição, então, não tem a menor explicação. O resultado está aí: a novela vem sendo cortada sem nenhum compromisso com os (poucos) telespectadores do folhetim. A Globo, que se gaba de seu "padrão de qualidade", mostra todo o seu amadorismo nessas horas. É importante pensar que, em espaços como o Vale a Pena Ver de Novo, é preciso privilegiar a qualidade em detrimento da audiência da exibição original. Força de Um Desejo, por exemplo, patinou no IBOPE e arrebentou em sua reprise. Fruto de seu alto grau de qualidade. O público da tarde, por incrível que pareça, sabe reconhecer novelas de qualidade. E esse não é caso, definitivamente, da estereotipada, previsível e rasa Da Cor do Pecado.

Por fim, vaias para o clichê e repetitivo Como Aproveitar o Fim Do Mundo, de Alexandre Machado e Fernanda Young. O seriado é engraçadinho e tem elementos comuns aos roteiros da dupla. No entanto, o formato da série é repetitivo e reproduz várias técnicas já usadas pelos autores em obras anteriores. Nada de original. Ao que parece, a dupla vem tentando resgatar o sucesso de Os Normais, mas não consegue chegar nem perto. Em última análise, suas séries já se tornaram enfadonhas e cansativas. Mais do mesmo.

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