domingo, 25 de novembro de 2012

Aplausos: Para Camila Pitanga e Marjorie Estiano, que interpretam as protagonistas femininas de Lado a Lado. Na pele de Isabel e Laura, respectivamente,  o dueto de atrizes vem dando show e apresentando uma química invejável, algo difícil de ser conquistado tão imediatamente. O resultado é claro: a dupla de mocinhas é carismática e extremamente convincente. O mérito, é claro, é todo das intérpretes, duas das melhores atrizes da nova geração.

Para Maria Padilha, a Diva Celeste de Lado a Lado. Novamente, cabe ressaltar a maestria de uma atriz com participações tão raras na TV. Padilha, mais uma vez, soube realizar um impecável trabalho de composição.

Para Ana Carbatti, a Zenaide de Lado a Lado. Interpretando a sisuda e implacável irmã de Berenice (Sheron Menezes), Ana consegue passar, apenas com o olhar, todo o rancor e a amargura que sua personagem sublinha. Um trabalho contido, introspectivo, muito bem-feito e completamente dependente das linguagens corporal e facial. Uma atriz com menos técnica certamente derraparia. Ana, porém, parece tirar de letra.

Para Roberta Rodriguez e Bruna Marquezine, que interpretam, respectivamente, Maria Vanúbia e Lurdinha em Salve Jorge. Se o núcleo do Alemão é, em sua maior parte, enfadonho e didaticamente criado para retratar uma imagem idealizada de comunidade "pacificada", o mesmo não se pode dizer a respeito das duas personagens "piriguetes" criadas por Glória Perez. As rivais representam, de fato, os melhores momentos das cenas alocadas na comunidade. Ao contrário de outros tipos que circulam pelo morro, Vanúbia e Lurdinha divertem, justamente, por corresponderem a um estereótipo real e muito comum no cotidiano dos brasileiros. As atrizes, diga-se de passagem, estão ótimas.

Para Carolina Dieckmann e Paloma Bernardi, que interpretam, respectivamente, Jéssica e Rosângela em Salve Jorge. O núcleo do tráfico de mulheres é, certamente, o que mais chama a atenção na esquizofrênica novela de Glória Perez. E boa parte desse sucesso, é preciso dizer, é resultante no desempenho de duas atrizes: Carolina Dieckmann e Paloma Bernardi. Carolina, já elogiada pelo blog, continua impecável em cena. Já Paloma, que nunca havia tido performances muito satisfatórias em seus personagens anteriores, vem surpreendendo no papel da ambiciosa Rosângela. 

Para Dira Paes, a Lucimar de Salve Jorge. Que Dira é fantástica, todo mundo já sabe. O que surpreende, entretanto, é a capacidade que a atriz tem de variar com bastante competência de um papel para o outro. Quem olha para Lucimar, a mãe guerreira da protagonista Morena, não se lembra minimamente de sua personagem em Fina Estampa, a última novela da qual Dira participou. O curioso é que, guardadas as devidas proporções, os dois papeis são bastante parecidos. Um trabalho que só uma atriz com a versatilidade de Dira poderia fazer.



Vaias: Para Bianca Bin e Thiago Rodrigues, a Carolina e o Zenon, respectivamente, de Guerra dos Sexos. Se a novela é criticada por conta de uma direção que passa, na maior parte das vezes, uma impressão de plasticidade fake, o péssimo desempenho de atores como Bianca e Thiago colabora mais ainda com a estética forçada e excessivamente teatral que a novela apresenta. Inseguros em cena, Bianca e Thiago não passam a mínima naturalidade e transformam cenas importantes em esquetes pobres que parecem ter sido extraídas de uma temporada bobinha de Malhação. Definitivamente, a escalação da novela de Sílvio de Abreu apresenta equívocos substanciais.

Para a Turquia de Glória Perez, um dos principais cenários de Salve Jorge. Ainda que culturas estrangeiras e diferentes tenham sido o forte da autora nos últimos anos, os turcos da novela das nove não vem sendo retratados com o mesmo brilhantismo de suas novelas anteriores. Todos os acontecimentos parecem ter sido escritos dentro de uma espécie de projeto didático e enfadonho, que pretende, em tese, dar aulas sobre o comportamento, a sociedade e a cultura do povo da Capadócia. O resultado é evidente: as tramas da Turquia são chatas, enfadonhas e não conseguem atrair o público. 

Para Galvão Bueno e Rede Globo, que não esconderam a preferência por Fernando Alonso, piloto espanhol da equipe Ferrari no Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Em uma competição em que os corredores com chances de título são estrangeiros, o mínimo que se espera de uma cobertura séria e compromissada com o telespectador é imparcialidade. Não foi o que se viu, por exemplo, na vinheta de abertura do GP Brasil, que demonstrou um carro da Red Bull, equipe de Sebastian Vettel, piloto alemão rival de Alonso na disputa pelo campeonato, capotando em um acidente simulado. Algo de extremo mau gosto. Não bastasse isso, o telespectador se viu obrigado a tolerar a inconveniência de Galvão Bueno, cada vez mais anacrônico, ultrapassado e irritante. O narrador, seguindo a linha da emissora, não escondeu sua preferência pelo piloto espanhol, conjecturando, a cada 5 minutos, situações hipotéticas que possibilitariam o título para Alonso. Em algumas vezes, impulsionava descaradamente o hispânico. Em outras, fazia algo pior: torcia por acidentes e quebras envolvendo outros pilotos, acontecimentos que, se tivessem ocorrido, favoreceriam o esportista ferrarista. Seja como for, a torcida não deu certo: Sebastian Vettel foi o campeão. Além de chato, Galvão Bueno é pé frio.

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