segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Aplausos: Para Lado a Lado, que fica mais envolvente a cada dia que passa. A novela é tão boa que, mesmo sem a presença de alguns protagonistas em algumas passagens de tempo (quando Isabel passa uma temporada na França, por exemplo), a trama não perde o fôlego. Sinal de uma dramaturgia consistente, uma direção competente e um elenco mais do que afinado.

Para Constância, personagem interpretada por Patrícia Pillar em Lado a Lado. Diferentemente da maioria das megeras das novelas atuais, a vilã da novela das seis não sente orgulho de ser má. Constância não é do tipo que dá risadas maquiavélicas e que se regojiza com as próprias maldades. Pelo contrário, a antagonista da história comete atrocidades acreditando que está fazendo o que é melhor para sua família. Patrícia, mais uma vez, está arrasando no papel.

Para Christiana Guinle, a Carlota de Lado a Lado. A atriz, que é pouco ligada à televisão, mostra competência e versatilidade no papel da irmã ressentida de Constância (Patrícia Pillar). Muito segura em cena, Christiana demonstra bastante técnica e é, sem dúvida, mais um grande nome do elenco da novela das seis. Ela está perfeita.

Para o Saturday Night Live, humorístico da Rede TV. À parte da presença quase sempre desagradável de Rafinha Bastos, o programa, sem dúvida, apresenta um humor consistente e de qualidade. Não é uma comédia muito fina, mas muito bem-elaborada. Os humoristas da atração são, em sua maioria, competentes e muito inteligentes. Destaque para Renata Gaspar, a mais proeminente deles. Suas imitações em geral são engraçadíssimas. 



Vaias: Para o Casseta e Planeta, Vai Fundo!, humorístico da Rede Globo. Os cassetas, que há anos vinham se arrastando em um programa ruim, chato e de mau gosto, resolveram retornar em um projeto que, como já era previsível, manteve o tom ultrapassado e inconveniente da atração anterior. Algo muito distante dos brilhantes roteiristas que ajudaram a coroar sucessos como a TV Pirata. É uma pena.

Mais uma vez, o blog bate na tecla do excesso de personagens em Salve Jorge. Definitivamente, é muito difícil, para qualquer autor, conduzir tantas histórias simultaneamente. Folhetins como Páginas da Vida provaram que uma quantidade demasiada de tramas pode comprometer a qualidade de uma novela gravemente. O número de personagens idealizado por Glória Perez seria até adequado em uma novela com mais de uma fase (como Renascer) ou em uma novela em que as tramas vão começando e terminando ao longo do folhetim, sem, contudo, acontecerem necessariamente ao mesmo tempo (como em Insensato Coração). A ideia de Glória, entretanto, é impraticável. Só turba a sua dramaturgia, reduz a importância do eixo protagonista da novela e não fideliza o telespectador, que não tem, é claro, paciência para acompanhar a condução de todas as tramas.

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