quarta-feira, 20 de junho de 2012

Aplausos: Para o Profissão Repórter, jornalístico comandado por Caco Barcelos. No programa de ontem, uma equipe de jovens repórteres demonstrou, com sutileza, o modo pelo qual a Justiça brasileira se comporta em relação às desigualdades sociais. Nas entrelinhas, ficou a impressão de que o judiciário é todo pensado com vistas a favorecer aqueles que têm dinheiro. Para a população mais pobre, em contrapartida, resta a falta de interesse, a inquisição violenta e o pré-julgamento. Destaque para a maneira truculenta e despreparada utilizada pelo Ministério Público para inquirir uma infratora semi-analfabeta de 19 anos. Parabéns à equipe.

Vaias: Para a classe C de Avenida Brasil, extremamente estereotipada e cansativa. Em um campo de trabalho com tantas possibilidades (vide Cheias de Charme), João Emanuel Carneiro preferiu construir um subúrbio completamente idealizado e que beira o ridículo, sem se importar minimamente com as pluralidades e contradições que essa nova realidade social apresenta. O Divino, bairro fictício da Zona Norte carioca, mais parece um delírio de um jovem autor que nunca saiu da Zona Sul. Uma besteira.

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