sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aplausos: Para Leona Cavalli e Humberto Martins, a Zarolha e o Nacib, respectivamente, de Gabriela. Ambos estão em personagens que fogem bastante ao conceito literário, mas ainda assim vem encantando com suas atuações. Ela, que interpreta uma Zarolha menos abusada do que a original, dá muita humanidade e simpatia à personagem. Não há quem não se comova com suas lutas. Já ele, que acabou sendo escalado para fazer um turco que é mais baiano do que qualquer outra coisa (um erro grande da direção, vale salientar), ainda assim compôs um tipo carismático e muito convincente.

Vaias: Para a incoerência de Nina, personagem de Débora Falabella, em Avenida Brasil. Em um momento, ela parece pretender frustrar os planos de Max (Marcello Novaes) de assaltar a casa de Tufão (Murilo Benício), ligando o alarme da mansão e dificultando a vida do mau caráter. Logo em seguida, entretanto, a mocinha da história toma uma atitude completamente inversa e oferece ajuda ao comparsa do malandro, que fugia depois do alarme ter disparado, oferecendo o seu quartinho como esconderijo. Só duas coisas podem explicar tamanha incoerência: Ou Nina tem algum tipo de psicose ou perversão ainda não revelada ao público, elemento que deixa as suas ações, à primeira vista, confusas e contraditórias; ou a lógica realmente escapa à cabeça de João Emanuel Carneiro, evidenciando, nesse caso, que o autor tem como preocupação principal apenas gerar atmosferas de extrema tensão, sem contudo construir uma cadeia com o mínimo de sentido. Uma espécie de show man sem conteúdo.

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