segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Aplausos: Para as chamadas de Lado a Lado, próxima novela das seis da Rede Globo. Com um tom que flerta com o documental, as apresentações da trama e dos personagem enchem os olhos pela qualidade de acabamento artístico e dramatúrgico. Figurinos pomposos, cenários bem-feitos, atuações magníficas e um texto promissor. A julgar pelas chamadas, o horário tem tudo para voltar aos bons tempos das novelas de época. Destaque para Marjorie Estiano, Camila Pitanga, Lázaro Ramos, Thiago Fragoso e para os retornos de Alessandra Negrini, Maria Padilha e Patrícia Pillar, atrizes bissextas na televisão. Também vale prestar bastante atenção na estreante dupla de autores, Cláudia Lage e João Ximenes Braga.

Vaias: Para a sequência de Gabriela, em que o Coronel Jesuíno (José Wilker), em cena com Dona Dorotheia (Laura Cardoso) e Coronel Amâncio (Genézio de Barros), pede licença para ir "cagar". A sequência, mais uma do rol de bobagens que essa adaptação trouxe à obra, só explicita os expedientes bobos dos quais o autor se utiliza para tentar alavancar o ibope da novela das onze. Além de demonstrar desespero e apelação, Walcyr Carrasco vem deixando claro, nos últimos capítulos, que não está empenhado minimamente em escrever algo com alguma qualidade. Característica, aliás, que já é marca de sua carreira. Com isso, saem perdendo os telespectadores, a memória de Jorge Amado, a cultura em torno da figura de Gabriela e, é claro, atores do quilate de Wilker, Laura e Genézio que, por força de contrato, são obrigados a encenar cenas do tipo. Uma pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário