Cheias de Charme merece todo esse sucesso e
muito mais. Uma comédia com um humor que poucos autores conseguem fazer.
Enquanto Aguinaldo Silva e João Emanuel Carneiro precisam apelar para
esquetes forçadas, geralmente baseadas em estigmas e estereótipos da
década de 60, no mínimo; Filipe Miguez e Izabel de Oliveira divertem sem
forçar nada, valendo-se de uma comédia contextualizada e extremamente
natural. Isso tudo sem perder o apelo popular, traço bastante valorizado pela emissora carioca nos últimos tempos. Muita gente se vê
incluída na história: a doméstica, a envagélica, a cozinheira. Uma
novela que faz humor com as camadas mais populares, mas sempre mantendo
um nível de respeito louvável para com as mesmas. A Classe C não é um
mico de circo nem apenas um eixo de consumo. Parabéns aos autores.
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