segunda-feira, 14 de maio de 2012

Avenida Brasil perde fôlego e fica enfadonha

Se Avenida Brasil estreou com toda a cara de que seria uma novela extremamente dinâmica e ágil, seus últimos capítulos mostraram, pelo contrário, que a trama de João Emanuel Carneiro precisa de uma injeção de fôlego. Os arrastados e circulares dilemas de Nina, defendida pela ótima Débora Falabella, já não convencem e cansam gradualmente mesmo a parcela mais fiel do público do folhetim. Os núcleos paralelos, que deveriam dar uma atmosfera leve à carga pesada que o resto da trama ambienta, são extremamente irritantes e pouco têm de divertidos. Até Suellen, personagem inicialmente arrebatadora, parece ter caído em uma espécie de aporia. A sua trama é rasa, cíclica e repete os mesmos atos de capítulos anteriores. A overdose de populacho também colabora para o cansaço geral que toma conta da história. Ao contrário de Cheias de Charme, que usa o cafona de forma inteligente e leve, Avenida Brasil abusa do excesso em cenografia, figurino e na péssima trilha sonora nacional. Em suma, os episódios mais recentes não dão ao telespectador qualquer sinal de mudança. Quando isso acontece, é preciso uma reviravolta. Vamos acompanhar.

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