domingo, 21 de outubro de 2012

Aplausos: Para José de Abreu, que encerrou com louvor a sua participação em Avenida Brasil. Dono de uma atuação inspirada, o intérprete de Nilo consagrou o seu personagem na galeria de grandes papeis da televisão brasileira. Ator fenomenal.

Para Gero Camilo, o Miss Pirangi de Gabriela. O ator, já conhecido por ser um dos melhores do país, conseguiu interpretar um estereótipo sem cair em uma atuação rasa, forçada e fácil. Preferiu recorrer às nuances, exercício que só um grande ator tem capacidade de fazer.

Para Drica Moraes, a Nieta de Guerra dos Sexos. Se a novela, até aqui, ainda não convenceu totalmente, a personagem, por sua vez, já mostrou a que veio e tem bastante carisma. Drica, sem dúvida, é um dos pontos fortes da novela.

Para Amora Mautner, diretora geral de Avenida Brasil. Ao que parece, ela é a grande responsável pela "cultura de improviso" implementada no texto da novela. Sem dúvida, esse foi um dos grandes elementos que contribuíram para a direção impecável que permeou a novela das nove. Um grande trabalho.



Vaias: Algumas cenas do remake de Guerra dos Sexos, o prometido grande lançamento da Rede Globo para 2012, mostram-se extremamente anacrônicas, fato que revela uma equivocada falta de atualização. Remake, por mais nostálgicos que sejamos, é uma obra de adaptação e não de mera repetição. Situações novas precisam ser inseridas e o vocabulário quase sempre precisa ser totalmente reescrito. No entanto, o que vem sendo produzido e exibido pela emissora é uma mera reprodução da versão de 1983 que, em que pese ser um folhetim maravilhoso, foi escrita para o público de uma época completamente diferente. Isso não quer dizer que a trama principal, é claro, que a tal Guerra dos Sexos, seja ultrapassada, como insistem em dizer por aí. Pelo contrário, ela é extremamente atual. A forma como vem sendo contada, porém, não cola nos dias de hoje. De todo modo, fica a dica: remakes são novas novelas. Ivani Ribeiro, quando reescreveu Mulheres de Areia, inseriu ineditismos e até incluiu a trama de outra novela sua, O Espantalho, no contexto da trama das gêmeas interpretadas por Glória Pires. Maria Adelaide Amaral, no mesmo sentido, soube juntar, com maestria, duas antigas novelas antigas de Cassiano Gabus Mendes na adaptação de Ti Ti Ti. A mesma Maria Adelaide reescreveu boa parte de Anjo Mau. E por aí vai.

Vaias, também, para a sequência em que Adauto, personagem de Juliano Cazarré em Avenida Brasil, revela que o seu segredo é gostar de chupeta, completamente desnecessária para um último capítulo.

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