quarta-feira, 8 de abril de 2015

Da semana: a excelente reciclagem do Video Show e a rejeição à ótima Babilônia

Das novidades da semana, cabe destacar a excelente reciclagem do Video Show. Dinâmico, moderno e contemporâneo, o novo formato acertou em cheio ao incluir elementos de improvisação. Como no saudoso Furo MTV (à época apresentado por Dani Calabresa e Bento Ribeiro), Mônica Iozzi e Otaviano Costa cumprem muito bem o papel de âncoras descontraídos. Mônica, aliás, é uma grande aposta da emissora. Divertida, carismática, antenada com um humor desapegado de clichês e caricaturas. Em linha oposta ao velho e chato humor global que remete a figuras como Rodrigo Santana, Mônica Iozzi diverte sem precisar de batidos bordões. Assim como a entrada de Iozzi, o encerramento de Miguel Falabella foi um grande acerto. Já Cissa Guimarães continua funcionando e merece mais espaço. O quadro de Marcelo Serrado, porém, tem tudo para cansar e/ou ficar deslocado no contexto do programa.
 
 
Babilônia, por sua vez, vai tendo sua audiência cada vez mais corroída. A novela continua ácida, ferina, bem-escrita. É bem verdade que há um núcleo totalmente dispensável, caso do personagem de Gabriel Braga Nunes e todos os que o cercam. Também é verdade que Regina, a mocinha de Camila Pitanga, ainda é exigente demais. Mas nada que apague toda a coragem que o texto de Babilônia apresenta. Quebrando todos os estereótipos possíveis, jogando diálogos contestadores, mostrando sem negociação muitas mazelas brasileiras. Talvez seja isso que incomode tanto o telespectador brasileiro. O telespectador brasileiro, bem sabemos, além de carente de educação política, é um dos mais conservadores do mundo. Infelizmente, isso vem influindo nos rumos da novela. De um jeito ou de outro, Babilônia já tem lá o seu quê de emblemática. Uma novela que, assim como foi Os Gigantes, é mais vanguardista do que o recomendável.


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