sábado, 6 de julho de 2013

Aplausos: Para três casais de Saramandaia: Débora Bloch e Gabriel Braga Nunes, Lília Cabral e José Mayer, Chandelly Braz e Sérgio Guizé. A novela, uma perfeição de dramaturgia, também se destaca pela escalação. O bom texto aliado à química existente entre os atores faz com que o público torça pelos casos de amor presentes no enredo.

Para o Altas Horas, programa comandado por Serginho Groismann. O programa é antigo, é verdade, mas o blog não pode deixar de mencionar a riqueza cultural que Serginho coloca em seu palco. De duplas sertanejas a companhias famosas de balé, o programa abraça a arte sem o menor preconceito. O clima divertido, aconchegante e reflexivo da atração também empolga. Nota dez.

Para o Esquenta, outro programa de auditório revolucionário. Regina Casé traz, aos domingos, a cultura popular da maneira mais escancarada. Funk, samba, pagode, axé e outros ritmos que ditam o tom da periferia povoam o riquíssimo contexto que Regina cria. A atração, vale dizer, também é questionadora: Discute questões do ponto de vista da favela: a violência policial, a diversidade, a desigualdade. E, para isso, Regina não se furta de recorrer a especialistas tradicionalmente presos ao universo acadêmico. Encantador.





Vaias: Para Paolla Oliveira, que deu uma aula de amadorismo na cena em que Paloma, sua personagem, tira satisfações com Bruno (Malvino Salvador). A atriz, uma das mais bem-posicionadas da emissora, não conseguiu passar a menor emoção. Entre berros e puxões no próprio cabelo, Paolla recorreu a recursos que até uma atriz de teatro de escola conhece. Péssima.

Para a trama envolvendo Filipinho, personagem de Josafá Filho em Sangue Bom. Ainda que o mote da trama seja bom, ou seja, as celebridades que criam uma vida de mentiras para disfarçar a própria homossexualidade, parece-me que o centro da questão, a diversidade, é quase sempre jogada de maneira boba e pouco refletida. No fim das contas, a novela deixa parecer que é muito natural que uma pessoa sinta vergonha de sua orientação sexual. Bem sabemos, na verdade, que isso é uma grande bobagem e vem perdendo força nos tempos atuais. Em outras palavras, mesmo que o constrangimento da homossexualidade declarada em público no mundo preconceituoso da fama seja óbvio, falta alguém, no universo de personagens, para apontar que não há nada de vergonhoso em ser gay, lésbica ou o que quer que seja. O texto fica bobo, raso e destoa do bom trabalho que a dupla de autores vem fazendo.

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