quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Aplausos: Para O Canto da Sereia, seriado da Rede Globo escrito por George Moura e Patrícia Andrade. Com a esperta direção de José Luiz Villamarim, a produção ganhou ares de um perspicaz romance policial, ainda que o livro que inspirou a história (de Nelson Motta), falemos a verdade, seja bem ruim. Destaque para a ótima trilha sonora e para o elenco afinadíssimo. Vale mencionar Fabíula Nascimento, Gabriel Braga Nunes, Camila Morgado, Marcos Palmeira, João Miguel e a volta de Zezé Motta, uma das grandes damas da teledramaturgia brasileira.

Para Marjorie Estiano, Camila Pitanga e Isabela Garcia, que deram um show nas cenas em que Laura, personagem de Marjorie, é assediada por importante senador, em Lado a Lado. A dor das atrizes comoveu e foi bastante real. Mais uma cena espetacular de um elenco que beira o impecável.

Para Doce de Mãe, tele-filme da Rede Globo protagonizado por Fernanda Montenegro. Jorge Furtado, conhecido diretor de cinema brasileiro, trouxe para a TV a sensível e comovente história de uma idosa mãe que, após a partida de sua empregada, vê-se sozinha em seu apartamento. O roteiro, a propósito, trouxe questões importantes e delicadas, geralmente negligenciadas pela postura conservadora da emissora, que foram tratadas pela produção de forma sublime e bastante inteligente. 


Vaias: Para a repentina, equivocada e injustificada saída de Guilherme Prates, protagonista da atual temporada de Malhação. Por conta de uma suporta rejeição por parte do público, a direção da emissora decidiu, de forma arbitrária, retirar o mocinho da novelinha teen. Um completo desrespeito ao ator, ao roteiro traçado pela autoria e, é claro, ao telespectador, que vê toda a coerência da trama se perder por conta de questões exclusivamente comerciais. Prates, vale dizer, é um ótimo ator jovem, mas não se adequa à pobre fórmula da televisão, que privilegia corpos sarados em detrimento dos talentos dramáticos. Com isso, um dos pontos fortes dessa temporada, a saber, a presença de uma protagonista adolescente com cara e corpo de adolescente, vai por água abaixo. Patético.

Para Antonia Morais e Jesus Luz, de Guerra dos Sexos, que a cada dia ficam piores em suas personagens. Ela, filha da protagonista Glória Pires, não demonstra qualquer intimidade com a câmera. É fraca, não tem a menor técnica e não convence nem mesmo em uma cena mais simples. Precisa estudar muito. Ele, por sua vez, é ainda pior e claramente caiu de pára-quedas na escalação da novela. Os elencos, hoje em dia, parecem ficar cada vez mais reféns dos contratos de publicidade e dos rostinhos bonitinhos. Uma pena. É por conta disso que a televisão, muitas vezes, é tratada como arte menor.

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