domingo, 9 de dezembro de 2012

Aplausos: Para Salve Jorge, que ganhou coesão e ritmo após Morena (Nanda Costa) cair na armadilha de Wanda (Totia Meirelles). A história principal ganhou corpo e atores que pareciam desvalorizados, como Giovanna Antonelli e Zezé Polessa, sinalizaram que terão, daqui pra frente, grande importância no desenvolvimento da trama. A maioria das histórias paralelas, no entanto, continua pouco interessante.

Para Morena e, consequentemente, para Nanda Costa, intérprete de uma das mocinhas mais bem-escritas que já tivemos. Em Salve Jorge, Morena é, antes de mais nada, uma subversão de valores preconceituosos e machistas. É uma mocinha decidida, autônoma, independente e lutadora. Foge completamente do estereótipo de menina comportadinha, loirinha, bem-maquiada e com cabelo na cintura. Morena é barraqueira, bota banca, tem auto-confiança e dá a cara pra bater. Retrato fiel de milhares de mulheres que, ao contrário da mocinha tradicional das novelas das oito, não podem contar com um príncipe encantado ou com o status de herdeira. Nanda Costa, a propósito, está irrepreensível. Soube compor uma Morena plausível e extramente realista. Passa com os olhos todo o vigor e força que sua personagem sublinha.

Para Totia Meirelles, a Wanda de Salve Jorge. Típica atriz de TV, Totia vem podendo demonstrar, com sua personagem, toda a sua capacidade e sua técnica. Sua vilã, criada para ser uma espécie de antagonista secundária, já conseguiu se transformar na principal megera da história. E Totia, diga-se de passagem, é a grande responsável por isso.

Para Pedro e Bianca, seriado da TV Cultura de São Paulo. Em contraponto a seriados teens superficiais e pouco críticos, como Malhação, a produção da emissora paulistana apresenta um quadro interessante e mais próximo da realidade dos adolescentes contemporâneos. Tudo isso com bastante leveza e humor.


Vaias: Para Bianca e Ziah, personagens de Cléo Pires e Domingos Montaigner, em Salve Jorge. Se a novela ganhou gás por conta do desenvolvimento da história da protagonista, o "casal 20'' da trama de Glória Perez se arrasta por passeios infrutíferos, monótonos e enfadonhos. Acompanhar o "tórrido" romance da dupla é uma tortura. A trama de Cléo e Domingos, a propósito, quebra totalmente o clima da novela.  

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